Instalações e Manutenção de Electrodomésticos

História do Fogão a Gás

Há muitos anos, os alimentos eram cozinhados directamente na chama, colocando as panelas em cima de fogueiras. Só durante o século XIX é que os métodos de produção de gás, tiveram uma evolução significativa, o que possibilitou o desenvolvimento de novos electrodomésticos, baseados nesta energia. Vamos então descobrir um pouco dessa evolução.
Em 1630, o inglês John Sibthrope criou o primeiro fogão, em ferro, aquecido a carvão. Mas, a cozedura era lenta e a comida não cozinhava por igual. Ficavam umas partes cozidas, outras queimadas e outras cruas.
O problema foi resolvido em 1802, com o projecto do também inglês George Bodley, que criou um fogão em ferro fundido em que o aquecimento era regular. O mais antigo registo de utilização de gás para cozinhar, data de Dezembro do mesmo ano. Zachaus Andreas Winzler (1750-1830), um preparador químico da Morávia a viver na Áustria, ofereceu alguns jantares, em que a comida era preparada num fogão a gás composto por quatro queimadores e um pequeno forno, e onde a sala de jantar era aquecida a gás. Foi inspirado pelas ideias de Philippe LeBon, que em 1799 registara um método para destilar gás a partir de madeira e inventara uma das primeiras lâmpadas a gás, resolvendo alguns dos problemas energéticos que na época resultavam da escassez de lenha. Em 1803, Winzler publicou um relato detalhado dos seus métodos. Mas alguns dos primeiros fogões a usar este sistema eram bastante perigosos — explodiam com frequência e faziam muito fumo. As chamas repentinamente passavam de azul para vermelho e amarelo, enchendo o compartimento de fumo negro e deixando um resíduo por toda a parte.
Em 1824, Tate inventou o gasómetro telescópico, aparelho que permitiu que o gás passasse a ser fornecido em condições bastante estáveis, independentemente do consumo.
Em 1826, o inglês James Sharp (1790-1870), director adjunto da Northampton Gas Company, patenteia o primeiro modelo de um fogão a gás, que viria a ter êxito no mercado.
O fogão, em folha de ferro, era projectado principalmente para assar. O queimador, não arejado, foi colocado na parte inferior do forno. Fixas às paredes interiores, foram colocadas folhas de chapa separadas, para facilitar a limpeza, deixar circular o ar e arrefecer o fogão.
Imagem Fogão - James Sharp
Foi instalado experimentalmente na cozinha da casa do seu inventor. Em 1834, sob o patrocínio de Earl Spencer começaram a ser fabricados pela firma William Lankester & Son of Southampton, os primeiros fogões para serem comercializados. Finalmente em 1837, este aparelho foi apresentado ao mundo. Alguns anos depois, os fogões a gás já eram vendidos a alguns hotéis.
A descoberta de Robert Bunsen - o célebre bico de Bunsen - em 1885, ao misturar ar com o gás, permitiu usar plenamente as vantagens deste combustível.
Com o decorrer dos anos foram sendo introduzidos aperfeiçoamentos nos aparelhos. Dois dos mais relevantes foram, o termóstato para forno a gás em 1923 e o fogão esmaltado em 1928.
Um século após o seu aparecimento, já existiam fogões na maioria das habitações tendo sido entretanto resolvidos os problemas de espaço, de limpeza e melhorado a segurança.

Autor: Carlos Silva - Este texto resulta de um trabalho de adaptação e tradução, a partir de pesquisas realizadas na internet, em 2009.
Caso pretenda utilizar este texto, cite o autor e o endereço do site com uma ligação para esta página.
A imagem utilizada pertence a http://www.sciencemuseum.org.uk

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